Fique a vontade, pegue seu café e servia-se de "historias""

A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte. (Mahatma Gandhi)

terça-feira, abril 01, 2025

Polineuropatia


 Acho que preciso escrever sobre essa doença que vem dilacerando uma vida inteira. Não tenho autorização de falar dele, mas tenho autorização de falar de mim e da doença. Meu marido tem polineuropatia e ela vem sendo uma inimiga cruel e silenciosa. 

Saber o que a outra pessoa sente é impossível, afinal a sua dor não é a minha, mas ver perdas de sensibilidade e dores, choques involuntários, calado deve ser um sofrimento interminável. 

E de repente você é a provedora, a médica, a enfermeira, a socorrista, a que acorda a noite com engasgos que não acontecia antes, com quedas de pressão repentinas no banheiro e sempre quando você sai para trabalhar e deixa sozinho você pede para Deus e os anjos da guarda segurar de cada lado. Ele nunca foi de sorrir muito, mas agora bem menos, ver o dia passar apenas sem falar muito. e os problemas? A eles são incansáveis e como um ceifeiro, não nos deixa respirar. 

A vida não é fácil. Hoje posso estar aqui pensativa no que fazer, mas amanha é outro dia, dia de respirar e pensar no próximo dia. Como jesus disse, para cada dia sua ansiedade.

Polineuropatia é uma doença que não tem cura até o momento, tira a sensibilidade de membros inferiores e superiores e a pessoa tem dor intermitente. Não consegue sair da cama tem dias, tem dias que ta super bem e consegue ir na cozinha. São dias intermináveis de como será... e eu vendo de fora vivo de angústia e pensamento de como poder ajudar. 

Quer saber…

Não sei 

me sinto perdida no meio de um abismo de impossibilidades e não ter onde escorar para chorar sequer. 


domingo, janeiro 12, 2025

Cobertura de um evento contra o feninicidio

Link da entrevista, clique aqui vai: Entrevista do bem 

Ontem foi um dia especial para mim. Infelizmente em 2024 foi um ano que teve 3 casos de feminicídio em minha cidade, o que mobilizou um grupo de amigas e elas incentivada por uma em especial a criar um evento social não partidário na qual iria abordar o tema: Movimento Mulher Livre.  Quem me acompanha no canal do YouTube sabe que eu já havia em sentido mal com o caso Angela Diniz x Doca Street. E me coloquei à disposição de mim mesma e disse vou cobrir esse evento e vou fazer entrevistar e vou participar de um movimento social a primeira vez na vida. E lá fomos nos. 

Precisava de uma cinegrafista e já coloquei o meu filho para trabalhar comigo. O incentivo ainda é o trabalho de extensão que tenho que apresentar na faculdade, mas vamos dizer que isso foi mais uma desculpa para que eu não perdesse o evento. Mas existe uma ladinho que me dizia: “Poxa, você tá de férias e não tem dinheiro para o ônibus!” E o outro dizia: “É isso que você quer para o futuro?, pessoas se respeitando e seu filho seguro num mundo melhor, então levanta e vai a pé!”. 

O dinheiro do passe não tinha, mas usei o que eu tinha e fui, sabendo que voltaríamos andando, então nos monimos de água salgadinho e animação. Com as perguntas escritas em um papel, me lancei em meio a pequena aglomeração de pessoa que se formava na praça. 

Aprontamos os microfone (que gentilmente minha sobrinha comprou parcelado para mim) pequei meu papel e uma caneta e comecei a olhar em volta e pensei em quem não falaria não para mim. Mas o que mais me chamou a atenção da primeira entrevistada não foi se ela ia me dar um não ou não, mas a coragem de escrever em um singelo cartaz a frase: “Eduquem os meninos!”. Sou mãe de um futuro adolescente e eu precisava conversar com ela. E que surpresa boa que ao perguntar se ela poderia ser minha primeira entrevistada, ela me devolveu que sim e ao perguntar a profissão ela falou sou RP.  Logo sorri e fiquei feliz. 

Depois dessa feliz coincidência, me motivou a falar com mais pessoas, conversei com professoras, autônomos, empresários, operadores, vereador e comigo mesma. Pois para cada pessoa que ali estava, e tirava uma foto ou fazia as perguntas eu percebia que somos diferentes, sim, mas quando é para uma causa nobre e justa somos exatamente iguais: humanos. 

Me deixou em êxtase, que voltar para casa a pé com meu filho não foi um sacrifício, mesmo com aquele céu azul tintilando nas nossas cabeças, afinal viemos conversando no caminho o que é em si um feminicídio e como isso pode prejudicar a humanidade. 

Foi um sábado, e tanto, me descobri mais mulher, mais nordestina e mais humana do que nunca. Que sujam mais experiencias sensíveis como esta! 


domingo, novembro 03, 2024

Cuidado com a onda que ela vai te pegar!


 Não é de admirar que você tenha se lembrando de uma música dos anos 2000, uma coisa, tipo axe e que veio com força nos anos 22/23…  

Mas não é de músicas de axé que hoje eu vou escrever! 

Vou escrever sobre um filme que a muito eu queria assistir e finalmente ontem eu consegui assistir. O filme chama "A onda" de 2008 baseado em um livro de fatos reais, que aconteceram em 1967. O filme mostra como nenhuma nação ou grupo social é imune a ser manipulado. Mostra a facilidade de quando sabemos articular e usar táticas de persuasão como se consegue transformar um grupo. No filme, é claro, há fatos ficcionais extremos que não aconteceram na realidade, mas que mostra que todo cuidado é pouco. O professor da escola do filme é uma pessoa "descolada e popular" ouve músicas punk e anda como um adolescente, mostrando que a facilidade de uma personalidade já aceita na sociedade que vive é ainda mais fácil para manipulá-los. 

E você, já assistiu, e o que achou do filme? Em 2024, somos manipulados de que forma? 

Conta para nós nos comentários. Beijo
s, até.

segunda-feira, outubro 21, 2024

O Maníaco do Parque



Se você esperou ansiosamente por um filme sobre um dos maiores serial killers de São Paulo, o Maníaco do Parque, e acabou recebendo uma narrativa focada em uma personagem fictícia, uma jornalista obcecada pelo assassino, é compreensível sentir uma certa frustração. O foco do filme desvia do próprio criminoso e passa a tratar de outros temas, abordando a história sob uma perspectiva feminina.

Helena, a jornalista, é uma personagem criada para destacar a luta de uma mulher num ambiente majoritariamente masculino. Ela se envolve profundamente no caso, tentando mostrar seu potencial enquanto busca dar voz à dor das mulheres que foram atacadas e sobreviveram. No entanto, esse foco em Helena acaba tirando o assassino de evidência, desviando o olhar da narrativa criminal que muitos esperavam ver.

Não fique desapontado! A Prime Video pensou em você e não vai deixar a história de Francisco de fora. Em um documentário que estreia no dia 1º de novembro, você poderá mergulhar na mente diabólica de um dos maiores criminosos do Brasil.


Será uma oportunidade de entender o poder de persuasão desse homem que aterrorizou tantas vidas.

E para aqueles que não sabem, a justiça brasileira, em sua controversa aplicação, permitirá que esse criminoso esteja livre nas ruas em 2028.

Você está preparado para encarar mais um nível desse jogo sombrio?

quinta-feira, outubro 10, 2024

Trocando válvula do coração.

 

Raika trabalha em um escritório de uma oficina de manutenção de motores mecânicos. Em dia comum de trabalho  um dos clientes estava com tempo de sobra  e ficou aguardando o desentupimento de cameras do motor junto com o carro, lá fora na recepção encontrava-se a mulher impaciente do cliente, afinal era apenas um carro para todos da família. Apesar de ela ter prometido que ela o acompanharia,  não estava suportando a ideia de ter que ficar ali o dia inteiro. 

Faz parte do alinhamento e tratamento do cliente (carro) colher um pouco da historia, mas o cliente se sentiu a vontade para dividir com Raika o que andava acontecendo. O fato de não poder fumar no ambiente foi o que deu inicio da conversa. 

Em um dialogo amistoso eles trocaram experiencias onde ela descobriu que ele fumou 4 maços de cigarro por dia, apesar de ser bizarro, o motivo principal foi a depressão que o despedaçou. Após uma queda brusca de peso, ele teve um aumento significativo também. Conversaram animosidades e relatos da vida. Ele deixou claro o quanto amava a família, a esposa e que apesar de ter animais de estimação estava disposto a não ter mais já que a mulher não tinha afinidades pelos animais. 


Com o carro finalmente pronto, Raika o acompanhou ate a esposa e teve uma péssima surpresa, antes que terminasse  de dizer sobre os cuidados com o novo motor, a esposa, já esbravejava como se o culpado do motor estar velho e gasto era apenas dele, utilizando de um tom maldoso e dolorido. Raika viu nos olhos do cliente o amor e a insatisfação unidas. E as palavras " ta vendo a ajuda que eu tenho" a fez refletir varias questões pessoais: Cuidar de si ou cuidar do bem material adianta quando se tem companheiro que você não tem como "contar"? Vale a pena se livrar de uma depressão e abraçar a ansiedade? Como ser uma boa esposa é estar além de aportar o dedo na cara de alguém? 

Nesse momento ela se lembrou e olhou para dentro de si, pensou quantas e quantas vezes seu marido precisou dela e ela foi indiferente? Quantas vezes a doença dele pareceu algo tão insignificante pra ela? Após refletir sentiu vergonha de todas as vezes que ela foi igual aquela pessoa e como estar presente e vivenciar a situação fez ela refletir e não querer ser assim nunca mais.  

 

 

domingo, outubro 06, 2024

Marketing é tudo? - Relato mais que revoltante

 

Hoje é dia de escolher alguém para nos representar por 4 anos. Estamos todos alvoroçado com essa ideia. Alguns mais animados do que nunca, com ideias mirabolantes para poder estar no poder, e outros com ideias rasas e tão pequenas que nap farão diferença se estarão lá ou não. Somos pessoas completamente influenciáveis. Somos rasos nos pensamentos, e elogios de lagrimas de crocodilo podem nos ludibriar. 
Mas não é de politica de urna que quero falar, falar de politica. Aquela que eu e você se posiciona quando vemos algo e nos deixamos que nosso conhecimento seja religioso, filosófico ou de senso comum tomar a frente. 
Ontem logo pela manhã ao tomar meu cafe e rolar o feed do Instagram eu me deparo com essa foto. Essa foto faz parte de um anuncio de uma empresa que vende muita roupa barata e que as pessoas enlouqueceram com a sua maneira de vender, pois a oferta sempre foi roupas bonitas e baratas. Nunca comprei dessa marca, mas vejo influencers ricas e pobres utilizando da marca. E ai quando eu vi essa camiseta sendo vendida me senti enojada, na mera possibilidade de ver alguém usar essa roupa. 
Acabamos de passar pelo setembro amarelo que um monte de gente idiota postou frases bonitas, mas a pessoa não tem noção sequer do que é ter um depressão, do que é ter uma ansiedade do que é ter uma doença que afeta o seu cérebro. Uma doença que não é visível, uma doença que não te leva para o hospital de tempos em tempos, mas te leva pra um buraco que para sair é mais fundo do que você imaginou. Uma doença que se sujar de sangue, no caso do seu sangue passa pela sua cabeça milhares de vezes na possibilidade de solucionar as vozes da cabeça. 
Pelo amor de Deus tenham responsabilidade social, NINGUEM precisa usa uma camiseta dessa para mostrar que não esta bem. NINGUEM se expor ao ridículo. E ao meu ver quando uma marca oferece uma camiseta dessa para mim é mais violenta do que qualquer tapa na cara que a vida pode te da. Por favor não é só de setembros amarelos que vivem uma pessoa com uma depressão ou qualquer coisa doença que afete seu sistema nervoso. Que raiva que eu sentir ao ver essa imagem. Que desprezível imaginar que uma pessoa nada humana que se diz DESING fazer uma camiseta dessa. 

Ah! já sei 
Lá vem a lacração dizer que não tem nada a ver. Vão tudo para os quintos do lugar quente que vocês conheceram. O blog é meu eu escrevo o que eu quiser e com autorização do meu psiquiatra. Ah merda vocês que aceitam esse tipo de coisa. 

Att.

Daniela



sábado, outubro 05, 2024

Analise de Filme

 


Para Wong Foo. Obrigado por tudo!

Julie Newman

 

A obra selecionada por mim foi um filme feito em 1995 que se passar em New York e termina em uma cidade pequena no meio do nada.

A história trata-se de 2 drag queens que ao ganhar um concurso de melhor drag da cidade, ganha um prêmio de participar do concurso estadual em Hollywood. Quando estão se dirigindo para lá na mesma noite encontram transtornada Chichi uma drag desqualificada e mal trapilha que sonha em ser a GRANDE estrela drag. Vida uma das ganhadoras se compadece da situação e junto com sua parceira, levam Chichi a uma viagem inesquecível.

Cheio de pontos sociais a serem abordados o filme traz leveza em falar sobre a discriminação e abuso físico para com as mulheres trans e cis.

Seu ponto crucial implícito no filme é que as pessoas que se identificam com o gênero ou sou são do grupo LGBT não são o que uma marca diz, antes de tudo são pessoas com personalidades próprias, caráter e sofrimentos internos e externos.

No filme os pontos sociais citados são:

- Abuso sexual por meio de um homem contra a mulher trans onde a consciência individual do indivíduo acha que por ela ser Drag queen ou mulher trans ela está disponível ou trabalha como uma prostituta, ou simplesmente porque ele a desqualifica como pessoa.

- Abuso físico e moral contra as mulheres da cidade. Uma consciência individual é aplicada por um único homem onde todos aderem, onde as mulheres não podem ser livres para se vestir e até mesmo cozinhar, mas com a chegada das meninas drags tudo modifica porque, mulheres trans e mulheres cis descobrem juntas que podem ser felizes com elegância, forca de caráter e educação acima de tudo.

- Preconceito social e familiar é apresentado de forma mais tímida, onde a família de uma das personagens nem se quer falar com ela, e ao passar do filme ela entende que ela não pode depender da aceitação das pessoas da família para ser uma pessoa aceitável a sociedade. Elas também enfrentam o preconceito social, mas tiram de letra, mantendo o máximo possível delas a discrição, a elegância, a educação e se posicionando como pessoas e não como um determinado gênero.

As Drag entendem que a personalidade correta baseadas em regras e culturas podem ser moldadas e criadas formas de cultura que não fere a moral e os bons costumes, mas deixando as coisas mais alegres, que o caráter está acima de qualquer identidade de aceitação.

E ao final de tudo a drag Chichi enfim se torna alguém que é aceitação ao seu meio, com elegância e coerência, assim pertencendo a seu grupo, pois do seu modo de vida que levava antes também a excluía do seu grupo que ela achava que pertencia. Por isso que digo que ser e pertencer a alguma coisa ou lugar pode ser moldado, mas não ferir a moral e bons costumes (com licença, obrigada, por favor...)


Polineuropatia

 Acho que preciso escrever sobre essa doença que vem dilacerando uma vida inteira. Não tenho autorização de falar dele, mas tenho autorizaçã...